REDE HIDROLOGICA BÁSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Conforme estabelecido na Lei no 7.663, de 30 de dezembro de 1991, compete ao Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, no âmbito do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos - SIGRH a Gestão de Recursos Hídricos do Governo do Estado de São Paulo.

O Estado de São Paulo é dividido hoje em 20 (vinte) Comitês de Bacias Hidrográficas, seguindo uma clara tendência a respeito da forma de organização de regiões do ponto de vista hidrológico, onde há a adoção da bacia hidrográfica como elo de ligação entre municípios, assumida como unidade de gestão dos recursos hídricos.

Desde 1951 o DAEE, através do Centro Tecnológico de Hidráulica e Recursos Hídricos – CTH, opera a Rede Hidrológica Básica do Estado de São Paulo – RBSP, sendo ela constituída por estações fluviométricas e pluviométricas abrangendo o território estadual.

Seu objetivo principal é a medição sistemática dos dados hidrológicos básicos, para possibilitar o acompanhamento permanente das condições das principais bacias hidrográficas do Estado, bem como a realização de pesquisas, estudos e projetos, destinados ao controle e à utilização dos recursos hídricos.

Com o advento da Lei no 7.663/91 efetivando a criação dos Comitês de Bacias Hidrográficas como órgãos colegiados, consultivos e deliberativos, de nível estratégico, organização, competência e funcionamento da Política Estadual de Gerenciamento dos Recursos Hídricos, o CTH, como Diretoria do DAEE responsável pela Rede Hidrológica, encaminhou ao Fundo Estadual de Recursos Hídricos - FEHIDRO através do Conselho de Orientação – COFEHIDRO um projeto de Renovação e Modernização da Rede Hidrológica Básica que previu a substituição de 24 estações fluviométricas, localizadas em igual numero de municípios do Estado de São Paulo, atuais operadas com leituras diretas, por estações com leitura automatizada e transmissão de dados via satélite.

Trata-se de permitir que as informações necessárias para as mais diversas atividades de monitoramento e gestão de recursos hídricos, estejam disponíveis em tempo real para atender às crescentes exigências de suporte à decisão nas situações de intensa demanda social e econômica, decorrentes do desenvolvimento do Estado de São Paulo.

As bacias hidrográficas abrangidas pelas estações telemétricas estão entre as maiores e mais importantes do estado.

Dentre elas, as mais importantes são as dos Rios Tietê, Pardo Moji-Guaçu e Paraíba do Sul.

A bacia do Rio Tietê (com cerca de 72.000km2) é a maior e a mais importante do estado; ao longo de seu curso há uma série de usinas hidroelétricas, responsáveis por parte considerável da energia elétrica consumida no estado e os reservatórios de Ponte Nova, Taiaçupeba e Biritiba-Mirim responsáveis pelo abastecimento de água potável para a Região Metropolitana de São Paulo.

A estação telemétrica Aços Anhanguera, localizada no Alto Tietê, com área de drenagem de 782 km2, é de fundamental importância para a previsão de cheias na RMSP.

O Rio Pardo (com bacia total de 34.500km2) é o mais importante dos afluentes do Rio Grande, por sua vez formador do Rio Paraná.

Seu mais importante afluente é o Rio Moji-Guaçu, com bacia total de 17.800km2.

As 3 estações localizadas nos 2 rios em questão abrangem bacias de 10.679km2 (no Rio Pardo) e de 3.834km2 e 12.291km2, no Moji-Guaçu.

Constituem importantes regiões do estado, notáveis pela produção agrícola e pelos grandes núcleos urbanos nelas localizados.

O Rio Paraíba do Sul, com bacia total de 56.500km2, banha os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, com afluentes drenando regiões do estado de Minas Gerais. Alem dos importantes aproveitamentos hidroenergéticos nele existentes, é de fundamental importância para o abastecimento d água potável para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro e para outras importantes cidades do estado.

Outras estações estão localizadas nos Rios Tibiriçá, Aguapeí e do Peixe, importantes bacias hidrográficas da região ocidental do estado; no Rio Corumbataí, principal manancial produtor de água para abastecimento da cidade de Piracicaba e no Rio Atibainha, integrante do Sistema Cantareira, principal produtor de água para abastecimento da RMSP.

REDE HIDROLÓGICA BÁSICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Telemetria Via Satélite

CURSO D’ ÁGUA

MUNICÍPIO

PREFIXO/NOME

ÁREA DE DRENAGEM (KM2)

Rio Tibiriçá

Queiroz

7C-012 (Macucos-Queiroz)

1.428

Rio do Peixe

Marilia

7D-010 (Bairro São Geraldo)

734

Rio Tietê

Mogi das Cruzes

3E-036 (Aços Anhanguera)

782

Rio Aguapeí

Valparaíso

8C-004 (Valparaíso)

8.643

Ribeirão Baguaçu

Araçatuba

7C-014 (Araçatuba)

453

Córrego Rico

Jaboticabal

5C-024 (Córrego Rico)

435

Ribeirão da Onça

Sertãozinho

5C-017 (Faz. Sta Terezinha)

918

Rio Moji-Guaçu

Moji-Guaçu

3D-004 (Moji-Guaçu)

3.834

Rio Moji-Guaçu

São Carlos

4C-007 (Porto Cunha Bueno)

12.291

Rio Pardo

Ribeirão Preto

4C-001 (Clube de Regatas)

10.679

Rio Atibainha

Nazaré Paulista

3E-089 (Mascate)

340

Rio Corumbataí

Rio Claro

4D-018 (Batovi)

489

Rio Paraíba do Sul

S. Jose dos Campos

A INSTALAR

7729

Rio Itariri

Pedro de Toledo

4F-026 (Praia Alta)

356

Rio Jacupiranga

Registro

4F-016 (Ingatuba)

1.325

Ribeirão dos Batatais

Batatais

4B-014 (Batatais)

178

Ribeirão Sapucaizinho

Patrocínio Paulista

4B-015 (Patrocínio Paulista)

276

Rio Sorocaba

Sorocaba

4E-018 (Raposo Tavares)

1.044

Rio do Peixe

Conchas

5E-012 (São João)

584

Rio São Lourenço

Itápolis

5C-023 (Faz. N. S. Aparecida)

877

Rio Turvo

Paraíso

5B-010 (Paraíso/Mte Azul Pta)

578

Rio São Domingos

Catiguá

6C-008 (Catiguá)

427

Rio Jaú

Jaú

5D-029 (Jaú)

417

Rio  Jacaré-Guaçu

Araraquara

5C-013 (Faz Palmeiras)

1867



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