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RADAR METEOROLÓGICO DE SÃO PAULO

O radar meteorológico de São Paulo é de propriedade do Departamento de Águas e Energia Elétrica - DAEE, autarquia da Secretaria de Saneamento e Energia de São Paulo.

O radar foi fabricado pela McGill University do Canadá e está instalado na Barragem de Ponte Nova, localizada na cabeceira do rio Tietê.

1. O que é Radar Meteorológico?
2. Por que a localização em Ponte Nova?
3. Sistema de Alerta a Inundações da Cidade de São Paulo

O radar de São Paulo é do tipo banda S e gera uma série de produtos:
* mapas de precipitação (CAPPI)
* altitude máxima dos sistemas precipitantes (ECHOTOP)
* corte vertical dos sistemas precipitantes, etc.


Abaixo, algumas imagens do Radar Meteorológico.

CHUVA OBSERVADA NA ÁREA DO RADAR - CAPPI

Dados de chuva observada na área do radar meteorológico de Ponte Nova; o radar cobre uma área correspondente a um círculo com 240 km de raio; essa área abrange toda a região leste do Estado de São Paulo, sul dos Estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Os dados de chuva (intensidade de precipitação) se apresentam em uma escala colorimétrica, quanto mais intensa a cor, mais intensa é a chuva.

Esses dados aparecem no monitor de vídeo a cada 05 minutos e registram a chuva observada numa altitude constante; no caso de São Paulo, adota-se altitude igual a 3 km.

Esse mapa é chamado de CAPPI - Constant Altitude Plan Position Indicator - e é armazenado em disco rígido, de posse da FCTH. A transformação (refletividade x precipitação - relação Z x R) adotada foi: Z = 200R1.6 onde Z é refletividade e R é intensidade de chuva em mm/hora.

Dado de ECHO-TOP

Esse produto apresenta um mapa muito semelhante ao CAPPI, é a medida de precipitação no topo das nuvens; ou seja com o ECHO-TOP é possível estimar altura das nuvens, responsáveis pela precipitação.

Esse produto é útil para se avaliar o potencial de precipitação dos sistemas; a escala colorimétrica no ECHO-TOP corresponde à altitude máxima observada.

Dado de ACUMM

Esse produto é a precipitação acumulada.

Conforme dito anteriormente, o CAPPI fornece a chuva a cada 05 minutos; é necessário calcular também mapas de chuva acumulada para permitir avaliar o estado hidrológico das bacias hidrográficas.

São gerados três tipos de mapas de acumulação: 1 hora, 12 horas e 24 horas; este último é sempre gerado às 7 horas da manhã.

Os produtos ACUMM se apresentam de forma muito semelhante aos CAPPI, ou seja, utilizam a mesma base cartográfica e a mesma escala colorimétrica de intensidades de precipitação.

VIL - Vertically Integrated Liquid Water Content

O VIL é um produto que disponibiliza ao usuário o campo de conteúdo de água líquida integrada verticalmente.

Esse campo mostra a disponibilidade de água líquida nos sistemas em kg / m2 e normalmente é disponibilizado em tempo real de 5 em 5 minutos. O VIL padrão do radar do DAEE é integrado da base da chuva até o ECHO TOP de 18 dBz e sua resolução é de 2 x 2 km2.

O VIL é obtido da seguinte forma: após a varredura completa do radar em todas as elevações da antena, representadas na figura 1 abaixo pelas linhas inclinadas coloridas, cada ponto da resolução possui um perfil vertical.

Em seguida, o programa soma para cada ponto as informações contidas em cada uma das elevações, conhecidas como PPI (Plan Position Indicator) até encontrar o eco de 18 dBz. A figura 2 mostra um exemplo de VIL.

GUST

O GUST é um produto que disponibiliza ao usuário o campo de estimativas de rajadas de vento próximo à superfície. Esse campo mostra uma previsão válida para 5 a 15 minutos e normalmente é disponibilizado em tempo real de 5 em 5 minutos. O GUST tem unidade em m/s e sua resolução é de 2 x 2 km 2. O GUST é obtido da seguinte forma: sabendo-se os valores do ECHO TOP (altura do topo dos ecos) e do VIL (conteúdo de água líquida integrada verticalmente), chega-se a um valor de concentração da água líquida no espaço. Essa concentração é proporcional à previsão da rajada. A figura 1 abaixo mostra um exemplo de GUST.

Redes Telemétricas

As fortes chuvas ocorridas na Região Metropolitana de São Paulo, em janeiro de 1976, colocaram em risco a segurança do reservatório de Guarapiranga, localizado na cabeceira do rio Pinheiros.

O eventual rompimento deste reservatório seria catastrófico, visto o elevado grau de urbanização existente a jusante.

Este fato evidenciou a necessidade de monitoramento, em tempo real, de informações hidrológicas, para aviso antecipado à população de situações de emergência.

A partir de 1977, iniciou-se a implantação de uma rede piloto de 5 postos que, gradativamente, foi expandida até 28 postos (13 fluviométricos e 15 pluviométricos), distribuídos na bacia do rio Tietê a montante do rio Pinheiros.


Rede Telemétrica do Alto Tietê

Composta por uma estação base (EB) (microcomputador PC) responsável pela coleta de dados das estações remotas (ER). Esta comunicação ocorre por meio de linhas privadas e sistema de rádio VHF. A EB interroga as ERs com freqüência fixada pelo operador, adotando-se uma varredura a cada 10 minutos. O conjunto de informações enviadas da EB do Alto Tietê consiste de dados de leitura de instrumentos de medida de nível de rios e reservatórios e índices pluviométricos, que são coletados pelas ERs.

O formato da mensagem consiste de 5 bytes para dados de data e hora da varredura e um bloco com vários registros com mesmo formato, que contém as leituras dos sensores identificados pela ER e pelo instrumento. Cada registro é composto de 1 byte para o número da ER, 1 byte para número do instrumento e por 4 bytes para o valor da leitura do sensor. A EB do Alto Tietê zera automaticamente seus sensores de chuva às 7 horas da manhã. A CDH, a cada 5 minutos, interroga automaticamente a estação base, que, quando possui dados novos, os transfere para a CDH. A estação base possui recursos para interrogar a CDH e obter qualquer produto escolhido pelo operador da rede telemétrica;

Cubatão

Localizada na COMDEC da prefeitura do município de Cubatão, possui as mesmas características da rede telemétrica do Alto Tietê.

O intervalo entre varreduras está fixado em uma varredura a cada 30 minutos; o zeramento automático dos sensores de chuva ocorre a 7 horas;

Registro

Localizada na sede regional do DAEE, no município de Registro, possui as mesmas características da rede telemétrica do Alto Tietê.

Interroga, também, através da rede INTRAGOV, os postos teleméricos do DAEE, localizados na bacia do Rio Ribeira do Iguape.

O intervalo entre varreduras está fixado em uma varredura a cada hora; não há zeramento dos sensores de chuva, os valores são acumulativos e, ao atingirem a leitura máxima (999 mm), retornam ao zero.

Bacia do Rio Piracicaba

A bacia do rio Piracicaba, em São Paulo ( Fig.1 ) é uma bacia hidrográfica interestadual, apresentando mais de 90 % de sua área em território paulista e o restante no Estado de Minas Gerais.

O rio Piracicaba é formado por quatro rios principais : Camanducaia, Jaguari, Atibaia e Corumbataí.

A bacia do rio Corumbataí situa-se a jusante da cidade de Piracicaba, já no trecho final do rio Piracicaba.


Rede Básica do DAEE

Conforme estabelecido na Lei no 7.663, de 30 de dezembro de 1991, compete ao Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE, no âmbito do Sistema Integrado de Gerenciamento de Recursos Hídricos - SIGRH a Gestão de Recursos Hídricos do Governo do Estado de São Paulo.

O Estado de São Paulo é dividido hoje em 20 (vinte) Comitês de Bacias Hidrográficas, seguindo uma clara tendência a respeito da forma de organização de regiões do ponto de vista hidrológico, onde há a adoção da bacia hidrográfica como elo de ligação entre municípios, assumida como unidade de gestão dos recursos hídricos.

Desde 1951 o DAEE, através do Centro Tecnológico de Hidráulica e Recursos Hídricos – CTH, opera a Rede Hidrológica Básica do Estado de São Paulo – RBSP, sendo ela constituída por estações fluviométricas e pluviométricas abrangendo o território estadual.

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